Este romance se passa nesse lugar infernal, em agosto de 1942. Cada um dos vários narradores testemunha o inominável a sua maneira. O primeiro é Golo Thomsen, um oficial nazista que está de olho na mulher do comandante. Paul Doll, o segundo, é quem decide o destino de todos os judeus. E Szmul, o terceiro, chefia a equipe de prisioneiros que ajudam os nazistas na logística do genocídio.
Neste romance, Martin Amis reafirma seu lugar entre os mais argutos intérpretes de nosso tempo.
"Escritor Martin Amis imerge nos horrores do Holocausto em novo livro." — Folha de S.Paulo
"A Zona de Interesse conjuga a necessária sensibilidade para tratar de um trauma histórico, a aguda inteligência para analisar, com o instrumento da imaginação ficcional, as monstruosas razões e os profundos significados deste trauma, e a revigorante ousadia de introduzir no enredo elementos que pareceriam indecorosos diante da gravidade do trauma — humor, graça, enlevamento romântico." — Veja
"Martin Amis se permite rir do que há de absurdo no projeto nazista de extermínio dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, que classifica como 'ridículo'." — O Globo
“Boris era meu irmão de sangue, e a ligação entre nós ultrapassava os limites da memória humana (nos conhecemos, pelo que sei, quando tínhamos um ano). No entanto, houve várias lacunas ao longo do caminho. Para mim fora impossível ficar perto dele nos meses que se seguiram à tomada do poder: em 1933 só duas pessoas na Alemanha desejavam visceralmente a guerra mundial — Boris Eltz era uma delas. Depois veio aquele froideur entre a invasão da Polônia e o duro revés às portas de Moscou em dezembro de 41. E nossas opiniões continuaram em desacordo. Boris era ainda um nacionalista fanático — mesmo que a nação em causa fosse a Alemanha nazista. E se soubesse o que eu estava tramando com Roland Bullard, não hesitaria em sacar sua Luger e me atingir mortalmente.”