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Entrevista com Joanna de Assis: "Acredito que o esporte tem um poder imenso na vida das pessoas"
Confira uma entrevista de Joanna de Assis sobre seu primeiro livro, Para-Heróis:
1. Como foi a experiência de escrever seu primeiro livro, já com a responsabilidade de contar histórias como essas?
Não é a toa que dizem que livro é como se fosse um filho. Imagina então o primeiro? Foi uma experiência fantástica, exatamente por ter tido a honra de contar histórias que mudaram a minha maneira de ver a vida, sem exagero. Sou hoje uma jornalista e uma pessoa melhor, com certeza. Conto para todo mundo parte das histórias que ouvi, e não tem uma pessoa sequer que não diga para mim "quero ler isso".
2. Você pode destacar uma história em especial que mais te tocou? Por quê?
Sei que vai cair no clichê, mas todas as histórias são fantásticas, e não foi fácil escolher. Mas é claro que existe sempre um personagem que mexe mais com você, e no meu caso se trata da Rosinha, a pessoa mais alegre que eu já conheci. Também fiquei muito mexida com a Terezinha. Para escrever o perfil dela e dos outros deficientes visuais, fiquei completamente vendada. Para mim, uma das passagens mais fantásticas do livro é contar que Terezinha só descobriu que era cega com 13 anos. Até chegar a essa idade, ela vivia sem enxergar sem saber. A falta de visão, para ela, era a visão de todos.
3. O que estas histórias te ensinaram para sua vida como repórter do SporTV?
As histórias mudaram o meu jeito de olhar uma série de situações. Hoje eu sou ainda mais apaixonada pelo esporte paralímpico, acredito que o esporte tem um poder imenso na vida das pessoas. Digo que para se interessar por esse livro você não precisa gostar de esportes. Basta gostar de grandes histórias. Não é um livro de auto ajuda, é realidade crua. É o lado que ninguém viu.
4. Quais as lições mais valiosas que estes paratletas podem nos ensinar sobre a vitória?
Eles não têm limite, e isso soa irônico quando estamos falando de deficientes, porque a vida deles é lidar com limites. Mas eles não se importam com isso. A maior parte deles precisou descobrir na marra como viver com suas dificuldades físicas. Eu acredito que nenhuma pessoa sem deficiência sabe do que é capaz. Já os para heróis sabem, e isso por pura necessidade. Uma pessoa com as pernas perfeitas não sabe dizer o que poderia fazer se do dia para a noite perdesse uma perna, ou perdesse a visão. Eles precisaram descobrir, foram desafiados, e com coragem mostram todas as possibilidades do corpo humano.
5. Quais são seus próximos projetos como repórter e como é a rotina de um repórter que cobre esporte?
Este ano foi um ano especial, de Copa do Mundo, e no mês que vem sigo para a China cobrir o Mundial de Ginastica. A rotina de quem cobre esporte é não ter rotina! (risos). Ainda quero escrever outro livro, e pretendo me lançar como roteirista também, assim que o futebol deixar. Se deixar...
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