Entrevista exclusiva com Jessica Watson: Audácia e coragem para dar a volta ao mundo
Redação

Entrevista exclusiva com Jessica Watson: Audácia e coragem para dar a volta ao mundo



A australiana Jessica Watson tinha apenas 16 anos quando velejou ao redor do mundo sozinha e sem paradas. Segundo a jovem, além de todo o preparo e cuidados com a viagem, foi necessária muita audácia e coragem para que o desafio pessoal pudesse ser cumprido.

Conversamos com Jessica, que relatou toda a experiência no livro Destemida, já à venda.

Belas-Letras: Jessica, conte-nos um pouco sobre a repercussão da sua viagem ao redor do mundo dentro de um barco.
Jessica: Têm sido anos incríveis. Eu nunca imaginei que as pessoas poderiam me reconhecer nas ruas ou que eu tivesse a oportunidade de trabalhar com algumas instituições de caridade como a UN’s World Food Programme (WFP). Cada experiência ao longo do caminho tem me ensinado tanto. Eu tentei algumas coisas que eu nunca pensei que faria, como por exemplo falar para centenas de crianças em escolas ou dançar na TV! (Jessica participou da versão australiana do programa Dancing with the stars). Mas a melhor parte disso tudo tem sido conhecer pessoas inspiradoras, principalmente os mais jovens.

BL: Em que ponto você acha que estes jovens irão se identificar com a sua história?
Jessica: Eu espero que outros jovens consigam relacionar com o fato de que eu sou apenas uma garota comum e que eu estava apavorada quando comecei a velejar. Espero que minha conquista prove que qualquer um consegue conquistar qualquer coisa se começar a planejar isso. Muitas pessoas pensam “eu não conseguiria fazer isso”, mas porque não mudar o pensamento para “o que eu preciso fazer para chegar lá”?

BL: Quando você se deu conta de que estava pronta para essa aventura? Conte-nos sobre a reação dos seus pais!
Jessica: Eu contei para os meus pais que queria velejar ao redor do mundo quando eu tinha 12 anos. Eles só me deixaram ir porque sabiam quantos preparos e cuidados foram feitos para a viagem. Eles me apoiaram, mas eu tenho certeza que eles prefeririam que eu apenas quisesse tocar um instrumento ou fazer alguma outra coisa mais “normal”.

BL: Por que dar a volta ao mundo em um banco, sem paradas?
Jessica: Eu amo viajar e visitar lugar incríveis, mas eu queria fazer a viagem sozinha sem paradas para desafiar a mim mesma. E eu (e mamãe e papai!) não estaria confortável se parasse e ficasse sozinha em alguns portos. Teria sido um planejamento e uma logística completamente diferentes se eu tivesse feito paradas.


BL: Alguma intenção em retornar? Alguma outra viagem ao redor do mundo sendo planejada?
Jessica: Eu quero velejar ao redor do mundo sem paradas novamente! Por enquanto, estou concentrada em terminar meus estudos na universidade e velejar aos finais de semana. Mas eu estou realmente planejando uma nova viagem assim.

BL: Qual foi a principal lição que você ganhou com a experiência?
Jessica: Eu aprendi muitas coisas, como o poder do trabalho duro, a não levar a vida tão a sério, a ver aventura em qualquer situação. Mas, mais do que qualquer coisa, aprendi que qualquer um consegue fazer coisas incríveis.

BL: Qual foi a pior parte da aventura? E a mais difícil?
Jessica: Colidir com um navio antes de partir foi meu maior desafio, mas olhando agora, isso me deu confiança para enfrentar outras situações difíceis em alto mar. Teve uma tempestade no Oceano Atlântico que foi difícil de enfrentar!

BL: Sabemos que você visitou o Brasil em 2010. Quais foram as suas impressões sobre o país? Existe algo que você não esqueceu até hoje?
Jessica: Absolutamente amei a minha visita ao Brasil! É um lugar incrível cheio de cores, barulhos e entusiasmo. Mas as pesssoas foram a melhor parte disso. Tive a impressão de que os brasileiros são divertidos-apaixonados como os australianos.

BL: Antes de partir para o alto mar, você pensou em desistir? Se tivesse de descrever a viagem em apenas uma palavra, qual seria?
Jessica: Eu posso dizer honestamente que não houve nenhum momento em que eu tenha pensado em desistir. Não sei se é possível, mas se tivesse mesmo de definir tudo isso em apenas uma palavra… Bem, eu acho que seria “audácia”.




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