Hora do Poema 1
Redação

Hora do Poema 1


Pois bem, estou aqui para apresentar os primeiros textos da "Hora do Poema". Quer ver seus poemas aqui no Acrobata também? Envie um e-mail para [email protected] contendo seu nome, cidade e seus poemas.




Mulher diante da aurora, Caspar David Friedrich (1818)


A manhã

O amanhã virá
amanhã
antes do sol nascer
e se você morrer

no sono cáustico dos deuses
o amanhã virá
de qualquer forma
de manhã.


Autor: Murilo Ternes - Joinville, SC.

Nada

Só sei que nada sei,
pois se eu soubesse
não saberia
se são legítimas
as minhas dúvidas.

Só sei que nada sou,
pois se eu fosse
não escreveria
sobre nada
fingindo ser poesia.

Só sei isso:
nada.
E como é difícil
definir o que há no vazio
desse  nada!

Autor: Murilo Ternes - Joinville, SC.

Só solidão

Só solidão
no deserto fatídico
do quarto iluminado
cheio de sons
do resto do mundo.

Só e sem solidão
para lamentar
por eras inteiras.
Só a solidão
preenche a cama
e a cabeceira.

Só esta oração
enviada em versos
via fax celestial
salva-me
da atroz maldição
de ser só e amar
a solidão.

Autor: Murilo Ternes - Joinville, SC.

Máscaras... lindas... perfeitas... sem defeito...

Usamos todos os dias... 
Às vezes nem as tiramos ao deitar...
Mas, com o passar do tempo não conseguimos mais nos identificar...
Por que temos que viver mascarados???
O que nos impede de nos mostrar e sermos o que somos???
Por que escondemos nossas essências, nossos valores??? 
Por que temos tanto medo de sermos julgados e criticados??? 
Mentimos na esperança de achar uma saída para nossos problemas...
Mas esquecemos que nos escondendo do mundo, estamos 
nos escondendo de nós mesmos, e muitas vezes não 
conseguimos mais nos achar, nos reconhecer...
Fingir ser algo que não se é não nos faz alguém...
Tire a tua máscara... Queremos te ver...
Te ver verdadeiramente... 
E lembre-se, o importante é ser VOCÊ... 
E os incomodados que se retirem...

Autora: Marinei Luiza V. Valcanaia*.

A praça...
Gosto de ficar sentada no banco da praça...
Lá tudo acontece...
Gosto de ficar observando o indo e vindo das pessoas...
Todos sempre com muita pressa...
Cada rosto uma expressão... de alegria, de dor, de preocupação...
Tem gente bonita, tem gente feia, desconfiada e apressada...
Tem mendigo dormindo ou à espera de algum trocado, criança
abandonada, cachorros farejando e revirando latas de lixo...
Tem velhos lendo jornal, outros perdidos em seus pensamentos
revivendo histórias da sua vida ou só esperando... esperando...
o quê??? não sabemos...
Sentado no banco da praça as horas passam devagar e
a imaginação flui...
Podemos sentir o vento batendo no rosto, o sol aquecendo
o corpo, contemplar as árvores, as flores...
Os pombos... sempre saudando quem joga alguma coisa no chão...
Toda praça deveria ser um lugar para se encontrar, 
namorar, relaxar, pensar, ler... 
Crianças brincando e correndo... gente conversando...
Essa é a magia que muitas pessoas não percebem no 
verdadeiro significado de uma praça...
São detalhes muito pequenos em relação à
miséria refletida todos os dias...
Tem coisas que definitivamente não combinam 
com a beleza de uma praça... Que pena!!!

Autora: Marinei Luiza V. Valcanaia*.
*Autora do livro Metamorfosicamente Pensando.

Até teu último suspiro

Mais do que somente te amar,
Vou amar-te intensamente,
Como se os dias fossem últimos,
Até o fim do mundo se concretizar.

Muito além das palavras,
Para além do usual verbo amar,
Vou mostrar-te a cada dia
O que é realmente saber amar.

Não serão apenas palavras,
Nem somente pequenos gestos,
Será amor até às últimas consequências:
Alegria, Tristeza, Dor,
Sorrisos, Lágrimas e reticências.

Vou a Marte e amar-te-ei cada dia mais,
Como cumprimento a uma velha promessa
As Estrelas buscarei, sete mundos cruzarei.

Amarei meu amado em sete línguas:
Liebe dich, t'estimo, elsker dig, 
T'aime, I love you, yêu em,
Até mesmo em albanês: Unë të dua. 

Quando a ti, meu amado, eu encontrar...
Vou atar-me aos teus braços até o fim chegar,
Amar-te-ei até teu último suspiro.

Autora: Amanda K. Burg - Joinville, SC.

Carta sem palavras

Escreve para aquele que amas uma última carta!
Que esta contenha os raio do Sol,
para ser Luz em meio a escuridão.
Envia também a beleza das Flores,
para que, sem ti, só teu amor não se sinta.
Envie para aquele que teu amor pertence a Essência,
a essência do teu sentimento,
assim, mesmo a maior distância
não apagará a tua presença.
Ao escrever esta carta não te preocupes
com Palavras, antes, sê sincero e cuidadoso.
Escreve uma carta sem palavras!
Que ela seja feita de tudo o que amas,
que em cada parágrafo não escrito
se perceba que as palavras,
bem, elas não seriam suficientes.

Autora: Amanda K. Burg - Joinville, SC.

Amor em Verbos e Substantivos

                                               amor                                     amor
                                             temor     sofrer                   sofrer   temor
                                      terror                         morrer                       terror
                                   chorar                               dó                              chorar
                                         clamar                                                     clamar
                                               correr                                           correr
                                                    amar                                 amar
                                                          sonhar                  sonhar
                                                                      desfalecer
                                                                            só

Autora: Amanda K. Burg - Joinville, SC.





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