Redação
Língua Portuguesa: Pronomes
PRONOMES
I. PRONOMES PESSOAIS
Pronomes pessoais do caso reto:
Primeira pessoa do singular eu
Segunda pessoa do singular tu
Terceira pessoa do singular ele
Primeira pessoa do plural nós
Segunda pessoa do plural vós
Terceira pessoa do plural eles
Pronomes pessoais do caso oblíquo
Primeira pessoa do singular Me, mim, comigo
Segunda pessoa do singular Te, ti, contigo
Terceira pessoa do singular Se, si, consigo, o, a, lhe
Primeira pessoa do plural Nos, conosco
Segunda pessoa do plural Vos, convosco
Terceira pessoa do plural Se, si, consigo, os, as, lhes
SAIBA COMO COMBINAR OS PRONOMES PESSOAIS COM OS VERBOS
É muito comum ouvirmos, no Brasil, frases como “O gerente deu permissão para mim sair mais cedo hoje” ou “Esse salário não dá para mim sustentar a família”, ou ainda frases como “Eu lhe amo tanto!” ou “Eu o obedeci cegamente”. Todas erradas.
Qual o problema delas? É o uso incorreto dos pronomes pessoais, a combinação inadequada de verbos com os pronomes pessoais do caso oblíquo átono. Mas, como saber se o certo é comecemos-os, comecemos-los ou comecemo-los?
1. EU ou MIM?
Só se usam os pronomes eu e tu quando funcionarem como sujeito de um verbo. Perceba, então, que o segredo é este: analisar sintaticamente a oração; caso o pronome funcione como sujeito, use “eu” ou “tu”; senão, use “mim” ou “ti”.
Por exemplo:
“Era para eu sair mais cedo hoje” - o sujeito de “sair” é o pronome “eu”;
“Ela trouxe o livro para mim” - o pronome “mim” não funciona como sujeito, mas como objeto direto.
2. COM NÓS ou CONOSCO?
Usa-se “com nós” ou “com vós” quando, à frente do pronome, surgir uma palavra ou uma expressão que indique quem somos nós ou quem sois vós, Estas palavras que surgem são:
“mesmos, todos, próprios, alguns, muitos.
E as expressões que indicam quem somos nós ou quem sois vós são: um numeral, um substantivo ou uma oração subordinada adjetiva”.
Por exemplo:
“Eles conversaram com nós todos.”
“Ela esteve com nós que trabalhamos lá.” (oração subordinada adjetiva)
“A paz esteja com vós mesmos.”
Caso não haja qualquer palavra ou expressão que indique quem somos nós ou quem sois vós, usa-se “conosco” ou “convosco”. Por exemplo: “A paz esteja convosco”.
3. SE, SI, CONSIGO
Esses pronomes são reflexivos, portanto não podem ser usados com outra finalidade, a não ser para indicar reflexibilidade ou reciprocidade.
Por exemplo:
“Ela só pensa em si mesma.” (reflexibilidade)
“Arrume-se, pois estamos atrasados.” (reflexibilidade)
“Ao vir para cá, traga consigo o disco.” (reflexibilidade)
“Nunca vi duas pessoas se amarem tanto.” (reciprocidade)
4. O, A, OS, AS, LHE, LHES
Os pronomes “o, a, os, as” funcionam como objeto direto;
Os pronomes “lhe, lhes” funcionam como objeto indireto de verbos que exigem a preposição “a”.
Por exemplo:
“Lembra-se daquele carro que lhe mostrei? Comprei-o ontem.” (mostrei a quem? - objeto indireto. Comprei o quê? - objeto direto)
4.1. Os pronomes “o, a, os, as” serão usados após verbos terminados em vogal.
4.2. Usa-se “no, na, nos, nas” quando o verbo for terminado em M, ÃO ou ÕE (Compraram o carro = compraram-no. Tocarão a sinfonia = Tocarão-na).
4.3. Quando o verbo terminar em R, S ou Z, estas terminações são eliminadas e o pronome se transforma em “lo, la, los, las”. (cantar a música – cantá-la. Fez a tarefa – Fê-la).
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II. PRONOMES DE TRATAMENTO
Quando nos dirigimos às pessoas do nosso convívio diário utilizamos uma linguagem mais informal, mais íntima. Ao passo que, se formos nos dirigir a alguém que possui um prestígio social mais alto ou um grau hierárquico mais elevado, necessariamente temos que utilizar uma linguagem mais formal. Isto prevalece tanto para a escrita quanto para a fala.
# O pronome de tratamento concorda com o verbo na 3ª pessoa. Por exemplo: Vossa Senhoria está feliz.
(está – 3ª pessoa singular)
#Quando se referir à 3ª pessoa, o pronome de tratamento é precedido de sua:
Sua Majestade, a rainha da Inglaterra, chega hoje ao Brasil.
III – PRONOMES POSSESSIVOS
São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
Observe o quadro:
NÚMERO PESSOA PRONOME
Singular Primeira meu(s), minha(s)
Singular Segunda teu(s), tua(s)
Singular Terceira seu(s), sua(s)
Plural Primeira nosso(s), nossa(s)
Plural Segunda vosso(s), vossa(s)
Plural Terceira seu(s), sua(s)
Note que a forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído.
Por exemplo:
Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil.
Observações:
1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor.
Por exemplo: - Muito obrigado, seu José.
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como:
a) indicar afetividade. Por exemplo: - Não faça isso, minha filha.
b) indicar cálculo aproximado.Por exemplo: Ele já deve ter seus 40 anos.
c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Por exemplo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
Por exemplo: Vossa Excelência trouxe sua mensagem?
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo.
Por exemplo: Trouxe-me seus livros e anotações.
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo.
Por exemplo: Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
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IV – PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Indicam posição de algo em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo e/ou no espaço.
São: este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo.
Isto, isso e aquilo são invariáveis e se empregam exclusivamente como substitutos de substantivos. As formas mesmo, próprio, semelhante, tal (s) e o (a/s) podem desempenhar papel de pronome demonstrativo.
Quanto ao emprego, os pronomes demonstrativos apresentam-se da seguinte maneira:
• uso dêitico, indicando localização no espaço - este (aqui), esse (aí) e aquele (lá);
• uso dêitico, indicando localização temporal - este (presente), esse (passado próximo) e aquele (passado remoto ou bastante vago);
• uso anafórico, em referência ao que já foi ou será dito - este (novo enunciado) e esse (retoma informação);
• o, a, os, as são demonstrativos quando equivalem a aquele (a/s), isto (Leve o que lhe pertence);
• tal é demonstrativo se puder ser substituído por esse (a), este (a) ou aquele (a) e semelhante, quando anteposto ao substantivo a que se refere e equivalente a "aquele", "idêntico" (O problema ainda não foi resolvido, tal demora atrapalhou as negociações / Não brigue por semelhante causa);
• mesmo e próprio são demonstrativos, se precedidos de artigo, quando significarem "idêntico", "igual" ou "exato". Concordam com o nome a que se referem (Separaram crianças de mesmas séries);
• como referência a termos já citados, os pronomes aquele (a/s) e este (a/s) são usados para primeira e segunda ocorrências, respectivamente, em apostos distributivos (O médico e a enfermeira estavam calados: aquele amedrontado e esta calma / ou: esta calma e aquele amedrontado);
• pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com os pronomes demonstrativos (Não acreditei no que estava vendo / Fui àquela região de montanhas / Fez alusão à pessoa de azul e à de branco);
• podem apresentar valor intensificador ou depreciativo, dependendo do contexto frasal (Ele estava com aquela paciência / Aquilo é um marido de enfeite);
nisso e nisto (em + pronome) podem ser usados com valor de "então" ou "nesse momento" (Nisso, ela entrou triunfante - nisso = advérbio).
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V – PRONOMES INDEFINIDOS
Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genérico, representando pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar idéia de conjunto ou quantidade indeterminada. Em função da quantidade de pronomes indefinidos, merece atenção sua identificação.
São pronomes indefinidos de:
A) PESSOAS : quem, alguém, ninguém, outrem;
B) LUGARES: onde, algures, alhures, nenhures;
C) PESSOAS, LUGARES, COISAS: que, qual, quais, algo, tudo, nada, todo (a/s), algum (a/s), vários (a), nenhum (a/s), certo (a/s), outro (a/s), muito (a/s), pouco (a/s), quanto (a/s), um (a/s), qualquer (s), cada.
Sobre o emprego dos indefinidos devemos atentar para:
• algum, após o substantivo a que se refere, assume valor negativo (= nenhum) (Computador algum resolverá o problema);
• cada deve ser sempre seguido de um substantivo ou numeral (Elas receberam 3 balas cada uma);
• alguns pronomes indefinidos, se vierem depois do nome a que estiverem se referindo, passam a ser adjetivos. (Certas pessoas deveriam ter seus lugares certos / Comprei várias balas de sabores vários)
• bastante pode vir como adjetivo também, se estiver determinando algum substantivo, unindo-se a ele por verbo de ligação (Isso é bastante para mim);
• o pronome outrem equivale a "qualquer pessoa";
• o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está nada contente hoje);
• o pronome nada, colocado junto a verbos ou adjetivos, pode equivaler a advérbio (Ele não está nada contente hoje);
• existem algumas locuções pronominais indefinidas - quem quer que, o que quer, seja quem for, cada um etc.
todo com valor indefinido antecede o substantivo, sem artigo (Toda cidade parou para ver a banda ≠ Toda a
cidade parou para ver a banda
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VI – PRONOMES RELATIVOS
Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelece relação entre duas orações. estabelece relação entre duas orações.
Não conhecemos o aluno. O aluno saiu.
Não conhecemos o aluno que saiu.
Como se pode perceber, o que, nessa frase está substituindo o termo aluno e está relacionando a segunda oração com a primeira.
Os pronomes relativos são os seguintes:
Variáveis O qual, a qual
Os quais, as quais
Cujo, cuja
Cujos, cujas
Quanto, quanta
Quantos, quantas
Invariáveis Que (quando equivale a o qual e flexões)
Quem (quando equivale a o qual e flexões)
Onde (quando equivale a no qual e flexões)
Emprego dos pronomes relativos
1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar.
Havia condições a que nos opúnhamos. (opor-se a)
Havia condições com que não concordávamos. (concordar com)
Havia condições De que desconfiávamos. (desconfiar de)
Havia condições - que nos prejudicavam. (= sujeito)
Havia condições Em que insistíamos. (insistir em)
2. O pronome relativo quem se refere a uma pessoa ou a uma coisa personificada.
Não conheço a médica de quem você falou.
Esse é o livro a quem prezo como companheiro.
3. Quando o relativo quem aparecer sem antecedente claro é classificado como pronome relativo indefinido.
Quem atravessou, foi multado.
4. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá precedido de preposição.
João era o filho a quem ele amava.
5. O pronome relativo que é o de mais largo emprego, chamado de relativo universal, pode ser empregado
com referência a pessoas ou coisas, no singular ou no plural.
Conheço bem a moça que saiu.
Não gostei do vestido que comprei.
Eis os instrumentos de que necessitamos.
6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo o (a, os, as).
Sei o que digo. (o pronome o equivale a aquilo)
7. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições
de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).
Aquele é o machado com que trabalho.
Aquele é o empresário para o qual trabalho.
8. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo equivale a do qual, de que, de quem. Deve concordar com a coisa possuída.
Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.
9. O pronome relativo quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.
Recolheu tudo quanto viu.
10. O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de em que, no qual.
Esta é a terra onde habito.
a) onde é empregado com verbos que não dão idéia de movimento. Pode ser usado sem antecedente.
Nunca mais morei na cidade onde nasci.
b) aonde é empregado com verbos que dão idéia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde.
As crianças estavam perdidas, sem saber aonde ir.
Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Equipe Brasil Escola
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VII – PRONOMES INTERROGATIVOS
Uma das particularidades que norteiam a classe gramatical representada pelos pronomes interrogativos se atém ao fato de eles, semelhantemente aos pronomes indefinidos, referirem-se à terceira pessoa do discurso de modo vago, impreciso.
Quanto ao atributo de suas funções, são utilizados quando se deseja formular uma pergunta, sendo essa de forma direta ou indireta, perfeitamente compreensível em: Temos que o primeiro enunciado representa a forma direta, e o segundo, a indireta. No intuito de conhecê-los melhor, ater-nos-emos à tabela em evidência:
No que se refere ao emprego dos pronomes interrogativos, temos que:
a) Em se tratando da linguagem coloquial, comumente identificamos a repetição da palavra “que”, com vistas a conferir um caráter enfático à mensagem.
Exemplo: Não acredito! Quê que eles têm a ver com isso?
b) Emprega-se o pronome interrogativo “que” como pronome substantivo ou adjetivo. Quando na condição de substantivo se refere ao sentido de “que coisa”, e na de adjetivo denota “que espécie de”.
Exemplo: Que prato mais te aguça o paladar? (que espécie de prato)
Que queres do supermercado? (que coisa queres)
c) Sempre se emprega o pronome “quem” em função substantiva.
Exemplo: Quem não conseguiu terminar o trabalho? sujeito
d) O pronome “quanto” pode ser empregado como pronome substantivo ou pronome adjetivo:
Exemplos:Quanto tempo levou para chegar a Maceió?
Quanto você cobrará pelo serviço?
Referências:
CATARINO, Dílson. Dicas de Gramática. Folha Online. Disponível em: . Acesso em: 02 nov 2011.
DUARTE, Vânia Maria do Nascimento. Pronomes Interrogativos. Português. Disponível em: . Acesso em: 15 fev 2010.
SOUZA, Diego Lucas Nunes de. Língua Portuguesa: Pronomes. Apostila de língua Portuguesa - Módulo II. Cataguases, 2010, p. 31 - 35.
REVISÃO de Português: pronomes. Vestibular1. Disponível em: . Acesso em: 15 fev. 2010.
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