Não há formação do analista; há formação do inconsciente, dizia Lacan, para ressaltar que a necessidade de aprendizado e de prestação de contas por parte do psicanalista existe, mas ela é individual e não pode ser padronizada por leis. Numa época em que se discute a possível regulamentação, pelo Estado, da prática profissional do analista, essa afirmativa mostra o quanto é essencial um retorno aos fundamentos da Escola de Lacan.Mostrando a articulação entre teoria, clínica, instituição e política, Quinet examina em profundidade a conjunção entre a análise e o ensino. Nesse percurso, descreve e comenta o projeto original de Lacan ao fundar a Escola Freudiana de Paris, em 1964; detalha as causas de sua dissolução em 1980 e as consequências da pluralização de escolas de psicanálise em todo o mundo.
Por amor a Freud
Memórias de minha análise com Sigmund Freud
Hilda Doolittle
De: R$ 54,90
Por: R$ 29,90
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A poetisa americana Hilda Doolittle foi analisanda de Freud entre 1933 e 1934. A relação entre eles tornou-se mais profunda com o tempo, e Freud acabou por considerá-la tanto paciente quanto aluna, uma das poucas com sensibilidade o bastante para compreender suas teorias e técnicas. H.D., como era mais conhecida, registrou esse período de convivência intensa em dois tocantes depoimentos: "Escrito na parede", a memória desse tratamento, e "Advento", compilação dos diários mantidos por ela durante a análise.
Como em seus romances e poemas, H.D. reinventa um mundo oculto de mitos e fantasias nos textos. Há lembranças de infância, fatos, sonhos. Conforme assume um tom cada vez mais autobiográfico, surgem na narrativa nomes de seus amigos próximos, personalidades que marcaram a história,como Ezra Pound e D.H. Lawrence, já que ela vivia entre a elite cultural da época, cercada de escritores, artistas e intelectuais.
Considerada "a mais preciosa e divertida apreciação da personalidade de Freud" pelo biógrafo dele, Ernest Jones, a obra é publicada aqui em sua versão estendida. A edição brasileira traz também apresentação de Elisabeth Roudinesco, fotografias e uma seleção da correspondência de H.D. com Freud e com Bryher, sua companheira de vida.
Em defesa da psicanálise
Ensaios e entrevistas
Elisabeth Roudinesco
De: R$ 64,90
Por: R$ 19,90
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Realizados em épocas diversas, esses ensaios e entrevistas de Elisabeth Roudinesco abordam - com coragem - temas controversos como a homossexualidade, o antissemitismo, o cientificismo das novas terapias, as conexões da psicanálise com a filosofia e a medicina.
Na Apresentação, o psicanalista Marco Antonio Coutinho Jorge acompanha a trajetória intelectual dessa consagrada historiadora da psicanálise, ressaltando sua capacidade de trazer à tona assuntos tão atuais que extrapolam a própria psicanálise.
Assim, o artigo sobre o processo de aceitação, no meio psicanalítico, de profissionais homossexuais examina de modo brilhante a questão do preconceito. O ensaio sobre as relações de Jung com o nazismo não apenas aborda um tabu, mas atinge o cerne do antissemitismo.
Roudinesco se mostra igualmente inspirada em entrevista concedida ao escritor Philippe Sollers - na qual fala sobre o cruzamento da literatura francesa com a psicanálise - e ao entrevistar Françoise Dolto - uma das pioneiras no tratamento de crianças na França.
Pela extraordinária capacidade da autora em apontar a dimensão do homem nas contradições contemporâneas, esse é um livro que interessa a todos os que se preocupam com os rumos da cultura e a ética do pensamento.
O mundo psi no Brasil
Jane Araujo Russo
De: R$ 27,90
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Uma breve história da formação das profissões "psi" no Brasil, esse livro acompanha o surgimento da psiquiatria, da psicologia e da psicanálise entre nós e o modo como - através de alianças e conflitos - esses três campos vêm disputando uma clientela cada vez mais ávida pelos serviços dos novos especialistas da alma.
O paciente, o terapeuta e o Estado
Elisabeth Roudinesco
Por: R$ 19,90
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Para coibir a prática de charlatanismo por parte dos terapeutas, o Estado francês resolveu reagir, com o que ficou conhecido como "emenda Accoyer" à Constituição. Numa "parceria" polêmica, cabe agora às instituições PSI - que abrigam psiquiatras, psicanalistas, psicólogos e psicoterapeutas - informar ao Estado quais os profissionais legalmente habilitados a exercer o ofício.
Mas o que é um charlatão e por que um Estado deveria se arvorar a saber quem tem e quem não tem direito de se ocupar do sofrimento da alma? Partindo desse ponto, Elisabeth Roudinesco coloca em pauta temas cruciais tanto para o universo PSI quanto para a cultura contemporânea.
Seja na defesa intransigente de princípios como a "laicidade" da psicanálise, seja na investida inflexível contra a "medicalização" da saúde mental ou as "avaliações técnicas" em voga nos círculos acadêmicos (idem no Brasil), a autora se pergunta: Quem seria responsável por avalizar os profissionais? Indicado por quem? De que formação ou tendência? O alinhamento da psicanálise a outras formas de tratamento seria uma atitude científica, ou mesmo sensata?
Embora parta de um fato político localizado e de uma preocupação supostamente restrita às profissões PSI, esse livro ultrapassa essas fronteiras, penetrando em território bem mais amplo: a discussão do papel do Estado no mundo globalizado.