Redação
Na semana em que o KISS está no Brasil, não faltam motivos para ler Uma vida sem máscaras
Tradutor Bruno Mattos conversa sobre o livro de Paul Stanley, que chegou às livrarias neste mês
Essa semana será especial para os fãs da banda KISS. Depois de três anos, o quarteto volta ao Brasil para uma turnê de cinco shows em cinco capitais brasileiras: Florianópolis, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e São Paulo. Além dos shows, os fãs também contam com a autobiografia de Paul Stanley, Uma vida sem máscaras, lançada pelas Belas-Letras em abril.
Conversamos com o tradutor Bruno Mattos que cita bons motivos para ler a autobiografia do líder Paul.
“Ao ler o livro os fãs sentirão como se estivessem vendo as coisas de dentro da banda. Serve de desculpa para revisitar toda a discografia do KISS, já que Paul conta sobre o processo de composição e concepção de inúmeros álbuns e canções. Mostra exatamente como é a vida dos sonhos de um rock star - inclusive as partes com que ninguém sonha”, avalia.
Abaixo leia entrevista com o tradutor.
O que há de mais curioso e interessante em Uma vida sem máscaras?
Bruno Mattos: Para mim, o que mais chama a atenção é a honestidade. Paul Stanley parece escrever de um lugar de conforto: é alguém que trabalhou durante a vida inteira atrás de um sonho e conseguiu conquistar ainda mais do que desejava não só em termos profissionais, mas também de relações humanas com a família, os amigos, a esposa e etc. Portanto, parece não ver motivo para medir suas palavras, e isso fica claro já no início do livro. Por vezes, seus comentários são duros até mesmo quando fala sobre os pais, as pessoas que trabalharam com a banda e até mesmo Gene Simmons, talvez seu melhor amigo. Isso faz de Uma vida sem máscaras um livro diferente de muitas biografias de roqueiros, que tentam vender um mundo cor-de-rosa. Paul Stanley fala exatamente o que pensa sem medo de ser julgado e isso confere ao livro uma dimensão humana que é especialmente impactante para os fãs familiarizados com aspectos gerais da história da banda.
O livro relata em detalhes a vida de Paul Stanley, desde a infância até o auge da banda. Você encontrou alguma dificuldade ao traduzir o livro?
Bruno: Não existe tradução simples – cada uma tem suas especificidades. No caso desta autobiografia, o mais marcante foram os termos relativos ao mundo da música (que não chegam a ser um desafio porque eu mesmo tive contato com esse mundo – fui músico amador por diversos anos) e da presença recorrente de gírias nova-iorquinas das décadas de 1970 e 1980. Mas a prosa de Paul Stanley tem um estilo muito conciso, que vai direto ao ponto. Assim como isso ajuda a leitura a fluir, também dá um empurrãozinho no processo de tradução do livro. O maior desafio, acredito, foi encontrar recursos estilísticos para manter essa fluência na versão em português.
Os fãs da banda e amantes do rock poderão se identificar com a história do Paul?
Bruno: É muito possível. Paul mostra o lado duramente humano de uma estrela do rock, e suas inseguranças transparecem de maneira explícita, nos depoimentos sobre a infância e as posteriores dificuldades de socialização, e implícita, na própria maneira como ele constrói sua narrativa. Paul cria um retrato de sua juventude semelhante à de milhões de outros jovens urbanos que tiveram o sonho de tocar em uma banda de rock, e acredito que muitos se identificarão com isso. Por outro lado, ele também tenta demonstrar o que fez a diferença no seu caso: uma receita que envolveu trabalho duro, talento, senso de oportunidade e um dom incrível para os negócios – além da sorte de ter encontrando mais gente que compartilhava do seu sonho.
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