Redação
ORTOGRAFIA: A LEI DA ESCRITA
Observe que podemos pronunciar ésselentchi, esselente, esselenti, mas só podemos escrever deste modo: EXCELENTE! De modo geral, todas as variações de pronúncia das palavras se resumem, na escrita, a uma forma única, aliás, determinada por lei! A que atualmente rege a ortografia do Brasil data de 1971. Veja que esta é, a rigor, a única manifestação da linguagem que pode ser objeto específico de legislação oficial: o modo “correto” de grafar as palavras. E é também o aspecto menos importante: se algum dia o Congresso Nacional aprovasse uma lei, sancionada pela presidência, determinando o fim do acento gráfico das palavras proparoxítonas (perola em vez de pérola, abobora no lugar de abóbora), ou a substituição da cedilha pelo “esse” (cansasso em vez de cansaço), todo mundo continuaria falando do mesmo jeito de sempre – só a decoreba ortográfica que iria mudar...
A ortografia, desde o princípio, estabeleceu-se como mera convenção. A intenção foi boa: no seu primeiro momento, a escrita da língua portuguesa pretendia imitar a fala das pessoas (quer dizer, a fala das pessoas que escreviam e liam, não de todas as pessoas!). Mas, com o tempo, essa fala foi mudando e a escrita foi ficando do mesmo jeito. Também, em muitos casos, escrevia-se não como se falava, mas como a palavra era escrita em latim, a língua que deu origem ao português, espanhol, italiano, francês, etc. O “h” de homem é um exemplo que se conservou. Assim, até hoje temos palavras que carregam a memória milenar dos primeiros escribas.
A questão ortográfica é, em si, simples – trata-se da grafia única, oficial, das palavras, grafia transcrita nos dicionários. Em palavras avulsas, vivemos esbarrando aqui e ali na ortografia: escreve-se facínora ou fascínora? Explêndido ou esplêndido? Consultando-se o dicionário, descobrimos que a forma legalizada (portanto correta!) é “facínora” e “esplêndido”. Veja-se que muitas vezes não há uma lógica “visível” na ortografia – trata-se de pura convenção, consolidada ao longo da história. Às vezes se escreve de modo diferente palavras que se pronunciam da mesma forma (paço e passo), às vezes de modo igual palavras que se pronunciam diferentemente (esse, pronome demonstrativo, e esse, letra).
Porém, a ortografia a gente tira de letra: lendo todos os tipos de texto! Qualquer dúvida, é só consultar também o velho e bom dicionário e descobrir qual a forma “certa” de se escrever a palavra. Veja que esse é um problema tão fácil que um programa de computador consegue resolver em segundos.
EXERCÍCIOS
1. Empregue corretamente o X e o CH:
2. Tantas _________________ constituem __________________________.
a) excessões – privilégios – inadimissíveis
b) exceções – privilégios – inadmissíveis
c) esceções – previlégios – inadimissíveis
d) exceções – privilégios – inadimissíveis
e) exceções – previlégios – inadmissíveis
3. Perguntei ao João Alves _____________ ia e ____________ ficaria e _____________ eu poderia encontrá-lo.
4. Não tinha __________ para a tarefa; ___________ vivia desnorteado, perdido entre ___________ e gestos antagônicos.
a) jeito – por isso – idéias
b) geito – por isso – idéias
c) jeito – porisso – idéias
d) jeito – por isso – idéia
e) jeito – porisso – idéia
5. Complete as lacunas usando adequadamente mau/mal/mais/mas.
Pedro e João ________ entraram em casa, perceberam que as coisas não estavam bem, pois sua irmã caçula escolhera um ________ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; ________ seus dois irmãos deixaram os pais ________ tranqüilos quando disseram que a jovem iria com as primas e a tia.
6. Na __________ plenária estudou-se a ____________ de direitos territoriais a _____________.
a) sessão – cessão – estrangeiros
b) seção – cessão – estrangeiros
c) secção – sessão – extrangeiros
d) sessão – seção – extrangeiros
e) seção – sessão – estrangeiros
7. Leia as frases abaixo:
Assisti a um _____________ da máquina. Os ______________ não são ignorantes. Ele fez ao filho a _____________ de uma parte das terras. De tempo em tempo se faz um novo __________ da população.
a) conserto – incipientes – sessão – censo
b) concerto – incipientes – sessão – censo
c) conserto – insipientes – secção – senso
d) conserto – incipientes – cessão – censo
e) concerto – incipiente – cessão – senso
8. Empregue devidamente por que, por quê, porque e porquê.
a) _________ você não paga a conta?
b) Não pago _________ estou sem grana.
c) Nós já sabemos o __________ da sua revolta.
d) A infância é a fase dos ____________.
e) Queria saber ___________ a gente está nesse mundo.
f) Você foi lá __________ ?
g) O ideal ___________ lutamos é elevado.
h) ___________ ela ri tanto?
i) Você sabe __________ os homens foram à Lua?
j) Ainda não descobri __________ existe tanta incompreensão entre os homens.
9. Observe o emprego do mas, más e mais e preencha as lacunas:
MAS– é conjunção adversativa, mostra idéias contrárias: Ia matar a sucuri, masse arrependeu.
MÁS– o mesmo que ruim, adjetivo feminino, plural de má: As más línguas difamam as pessoas.
MAIS– é advérbio de intensidade ou acréscimo: Aproximou-se mais da barraca do rio.
a) Fale menos e trabalhe __________.
b) Gritaram alto, ________ não foram ouvidos.
c) As pessoas ________ incomodam os semelhantes.
d) Sabíamos o segredo, _________ não falamos nada.
e) As ________ conversas esparramam discórdia.
f) O avarento não se fartava, queria sempre ________ e ________ !
g) O celular _________ a internet são os meios de comunicação do futuro.
10. Nas frases abaixo, empregue corretamente o HÁ e o A:
a) Daqui ______ pouco vem me pedir um trocado.
b) Ainda ______ pouco falávamos de você.
c) _______ séculos o Vesúvio inquieta a população do sul da Itália.
d) Daqui _______ cinco minutos, todos a postos para iniciar o jogo.
e) ______ muito tempo que não o vejo.
f) ______ uma pedra no meio do caminho.
g) ______ pedra é um mineral inorgânico.
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