Resenha: 72 horas para morrer, de Ricardo Ragazzo
Redação

Resenha: 72 horas para morrer, de Ricardo Ragazzo



Quando Agatha é sequestrada, a vida de Julio Fontana, delegado da pacata cidade de Novo Salto, é totalmete transformada. A vítima é sua namorada, e agora sofre por ser o alvo da vingança de bandidos macabros. A partir daí, várias outras pessoas próximas ao delegado começam a ser brutalmente assassinadas. Julio terá que entrar numa corrida frenética em busca do serial killer, antes que sua única filha seja morta.


O enredo tem início com o sequestro de Agatha, namorada de Julio Fontana, que é delegado da cidade de Novo Salto. Tudo o que Julio tem para encontrar sua namorada é um vídeo que o sequestrador deixou a ele. Entretanto, quando finalmente descobre o paradeiro de Agatha, já é tarde demais. Ela fora brutalmente assassinada.

Com o vídeo feito pelo sequestrador, fica óbvio que o crime foi um ato vingativo contra o delegado. Porém, enquanto Julio investiga este crime, novos assassinatos começam a ocorrer.

Morte após morte, todas as pessoas próximas ao delegado começam a sofrer nas mãos do serial killer. Agora, só lhe resta um último ente querido: Laura, sua única filha. A certeza de que ela é a próxima na lista do assassino faz com que Julio entre numa corrida em busca do criminoso. Cada minuto perdido pode resultar na perda de seu bem mais precioso.


Durante o enredo, ocorre uma variação entre primeira e terceira pessoa, sendo que na maior parte do tempo a trama vai sendo narrada pelo próprio protagonista, o delegado Julio Fontana. Esta foi uma boa sacada do autor (Ricardo Ragazzo), pois isto proporcionou uma visão mais ampla dos acontecimentos.

Outro ponto interessante é a semelhança entre os crimes cometidos pelo serial killer e os executados por pessoas aparentemente 'normais', fazendo-nos lembrar que todos tem uma maldade dentro de si e que só esperam um simples motivo para colocá-la em prática.

Uma coisa que incomoda bastante são as personagens. Não é uma crítica muito contundente, já que o autor pode ter desenvolvido isto propositalmente. Entretanto, acho válida a observação: as personagens são tão ignorantes que me vi até irritada durante a leitura. Alguns trechos do livro tentam mostrar que eles são o contrário disso, mas suas atitudes não conseguem provar nada.

Por fim, o aspecto que mais decepcionou foi o desfecho sobrenatural, que mostrou-se uma saída extremamente frívola. Não que eu não tenha uma mente aberta para este tipo de literatura, muito pelo contrário. Só que isto se deu tão repentinamente, que se transformou numa surpresa desagradável. Mesmo que uma personagem tenha mostrado características possivelmente sobrenaturais em alguns poucos pontos do enredo, não chegou a justificar este desfecho.

Embora a leitura seja decepcionante, creio que o livro possa ser um bom passatempo se você não começar a lê-lo com altas expectativas.


Ricardo Ragazzo mora em São Paulo com sua esposa, filho e beagle. "72 horas para morrer" é seu primeiro thriller.



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