Em pleno século XXI, com o avanço da tecnologia e a informação rápida da internet, ainda existem muitas escolas em que a inovação não é bem-vinda, onde a meta é ainda produzir alunos quietos, sentados em suas carteiras, que ouçam e copiem apenas. Instituições em que os alunos estudam para passar de ano e não para construir aprendizado, onde não se aprende a pensar a vida e, por isso mesmo, não se constrói  pensamento crítico. São sistemas fechados e, se um  educador  decide trabalhar com método diferenciado, pensando em motivar os educandos, é censurado  por  fugir do sistema tradicional, adotado pela grande maioria dos  professores.
            No ato de ensinar, em primeiro lugar o educador deveria utilizar a empatia, lembrando  que um dia ele foi aluno e sentiu o quanto era  cansativo copiar matéria e  ficar  ouvindo o professor falar. Os alunos querem um ensino moderno que  motive e permita interação. Na introdução de cada novo conteúdo, por exemplo, o educador esquece de esclarecer a utilidade de tal conteúdo na vida prática  e sua forma de utilização, a fim de motivar o aluno para o aprendizado.
            Durante a graduação para licenciatura, o acadêmico aprende que é o precursor de uma educação  moderna e que inovação é a palavra de ordem quando o assunto é educar. Ao ingressar no mercado de trabalho, entretanto, não é essa a realidade que os novos educadores encontram. Se ele  tenta construir com os educandos um pensamento crítico,  é reprimido pelo grupo de professores que utiliza o método tradicional de ensino, em que o aluno apenas deve ficar sentado, ouvindo, copiando, exercendo seu papel de  objeto.
            Analisando o critério  de preferência na contratação de professores com maior idade, utilizado pelo Estado de Minas Gerais, percebe-se um  preconceito contra os novos profissionais, muitas vezes melhor preparados para o cargo, por trazer um novo pensamento sobre o ato de ensinar.
            São comuns comentários de professores sobre alunos que “não querem nada com a vida”, ou sobre classes “ruins” com alunos “impossíveis de se ensinar”   e outras opiniões  do gênero. Se a classe é de responsabilidade do educador e ele não consegue ensinar, isso pode significar falta de preparo pedagógico do profissional, que se mostra incapaz  de criar métodos e estratégias para captar a atenção do aluno e motivá-lo adequadamente.
            Com a falta de equipamentos tecnológicos na escola,  a educação torna-se cansativa e a rotina gera o desinteresse. Uma classe considerada agitada pode, muitas vezes, ser  criativa e insatisfeita por não poder interagir no processo educacional.  Basta  saber aproveitar o potencial de cada um, deixar que o aluno participe e construa conhecimento de forma mais atual. O papel do educador é fazer com que o aluno se torne um cidadão sujeito na sociedade - que reflita,  opine, questione e saiba defender seus direitos.
            Conseguir lecionar  na escola onde tudo parece impossível, pode ser o grande desafio para o educador que quer fazer  diferença para as novas gerações. A criatividade faz toda a diferença.
                                                                                                                                           Diego Lucas