por Gustavo Guertler
publisher da editora
A Editora Belas-Letras completa nesta terça-feira (28) sete anos de atividades. Entre mais de 50 livros publicados, de quase 100 autores nacionais e internacionais, nosso publisher Gustavo Guertler coleciona bons e inusitados momentos.
Para celebrar essa data, ele compartilha sete bastidores da Belas-Letras. Confira:
1 - Depois de uma sessão de autógrafos na Saraiva do shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, eu voltava com Tico Santa Cruz de táxi para o hotel quando as manifestações de junho bloquearam o trânsito. Tico pediu para o táxi parar e se juntou às manifestações, para surpresa de muita gente que o encontrou lá no meio da multidão. No meio da confusão tivemos – eu e ele – que correr da polícia e das bombas de gás também.
2 - Diálogo de bastidores entre o escritor Ignácio de Loyola Brandão e Humberto Gessinger na Jornada Literária de Passo Fundo de 2013:
Ignácio: "Posso pegar emprestado um pouco do teu público?"
Humberto: "Troco por um pouco do teu talento."
3 - O Nasi, do Ira!, não tem e-mail e, como ele mesmo diz, não mexe em computador. Durante vários dias, o Mauro Beting, que escreveu a biografia dele com o Petillo, foi à casa do Nasi e leu o livro todo para o Nasi ver se todas as informações conferiam, o que deu algum trabalho para os autores...
4 - O baterista Neil Peart, notoriamente recluso, entrou somente uma vez em contato com a editora, para responder algumas dúvidas da tradutora Candice Soldatelli sobre a versão brasileira de Ghost Rider. “Ele começou a resposta com ‘Dear Candice’. Morri...", me avisou a Candice, que é fã do Rush.
5 - Joanna de Assis, repórter do SporTV e autora do livro Para-Heróis, enviava as partes do livro à medida que terminava por e-mail, por SMS, por mensagem de voz. Às vezes ligava para ler o trecho. Se eu demorava, digamos, mais de um minuto para responder, ela me mandava mais algumas dezenas de mensagens para saber se eu tinha recebido. Por isso não fiquei surpreso quando ela me revelou que era ansiosa – como todo bom repórter – e que às vezes começava a ler os livros pelo fim.
6 - Para o primeiro livro da blogueira e maquiadora Alice Salazar, o fotógrafo Yuri Ruppenthal teve que produzir mais de 10 mil fotos – na época, compramos um HD externo, que era caríssimo, só para poder guardá-las. A maior parte dessas fotos foi feita durante a madrugada no estúdio do Yuri, depois das 10 da noite, que era o horário que a Alice tinha livre para fotografar e maquiar as modelos. Dessas 10 mil menos de 700 entraram no livro.
7 - Até hoje, a Carol e o Duca, do Cozinha para 2, estão me devendo um jantar no Outback!