Tudo sobre o Enem
Redação

Tudo sobre o Enem



O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) surgiu em 1998 como forma de avaliar os estudantes que estão completando o ensino médio e, consequentemente, incentivar a criação de políticas públicas que melhorem a qualidade da educação brasileira. Em 2009, surgiu um "novo Enem" que, além de avaliar a qualidade do ensino no Brasil, também se transformou em um instrumento de admissão em algumas universidades do país.


Se você quer ter um bom desempenho no Enem, a primeira coisa a ser feita é conhecer as características do exame. Pensando nisso, o Acrobata das Letras irá disponibilizar várias dicas sobre o assunto durante todo o ano. Além disso, é de extrema importância que, para se manter atualizado, você consulte regularmente o site do Inep.
Por muito tempo, concluir o ensino médio e ter a chance de entrar na faculdade foi privilégio de poucos.
Nos últimos anos, esse cenário vem mudando.Programas de acesso à educação pública contribuem muito para que cada vez mais jovens tenham a oportunidade de chegar à universidade e ter uma carreira profissional de sucesso. Entretanto, a relação candidato/vaga aumentou muito, principalmente nas universidades públicas, isso faz com que os métodos de seleção de estudantes sejam aprimorados.
Por muito tempo, a maioria das vagas em universidades públicas eram preenchidas por jovens com melhores condições financeiras, pois desde a infância tiveram a oportunidade de frequentar escolas de qualidade e, assim, estavam mais preparados para conseguir ingressar no ensino superior público. O modelo dos vestibulares também não ajudava. Os conteúdo cobrados nos testes eram muito complexos, o que, consequentemente, representava uma barreira para os alunos sem condições financeiras. Para estes, restavam apenas algumas vagas em universidades particulares de qualidade questionável.
Diante disso, em 1998 o Ministério da Educação criou o Enem, que se propunha a ser um "exame de saída", ao avaliar se o estudante desenvolveu certas competências durante a educação básica. Ao observar o desempenho dos alunos no exame, fica mais fácil preencher as lacunas da educação pública brasileira.
Em 2009, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) propôs mudanças no exame. Este, passou a servir como processo seletivo em universidades e institutos federais. O conteúdo da prova melhorou muito e colocou o Enem mais próximo da realidade dos alunos.
Com isso, espera-se que o Enem democratize o acesso às universidades federais e influencie a reestruturação dos currículos do ensino médio.

Objetivo

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996) propôs profundas transformações no ensino médio, para que, ao concluí-lo, o aluno fosse capaz de compreender os princípios científicos e tecnológicos que regem o atual mundo do trabalho e da produção, reconhecer e decodificar as diversas formas contemporâneas de linguagem e dominar conhecimentos de filosofia e de sociologia necessários ao exercício da cidadania.
Diante dessa perspectiva, em 1998, o MEC implementou o Enem para todos os alunos concluintes do ensino médio. Nos documentos que nortearam a primeira versão, seu objetivo fundamental era "avaliar o desempenho do aluno ao término da escolaridade básica, para aferir o desenvolvimento de competências fundamentais ao exercício pleno da cidadania". Tal meta permanece válida, em conjunto com as que foram anunciadas na remodelação do exame, em 2009:
  • Servir de referência para que cada cidadão possa proceder a autoavaliação com vistas em suas escolhas futuras, tanto em relação ao mundo do trabalho quanto em relação à continuidade de estudos;
  • Funcionar como modalidade alternativa ou complementar aos processos de seleção nos diferentes setores do mundo do trabalho;
  • Servir como modalidade alternativa ou complementar aos exames de acesso aos cursos profissionalizantes pós-médios e à educação superior;
  • Possibilitar a participação e criar condições de acesso a programas governamentais, como o Prouni;
  • Promover a certificação de jovens e adultos no nível de conclusão do ensino médio;
  • Promover a avaliação do desempenho acadêmico das escolas do ensino médio, de forma que cada unidade escolar receba o resultado global;
  • Promover a avaliação do desempenho acadêmico dos estudantes ingressantes nas instituições de educação superior.

Prouni

O Prouni é um programa do Ministério da Educação, criado pelo Governo Federal em 2004, que concede bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior, em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros, sem diploma de nível superior.
Podem participar os estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de bolsistas integrais da própria escola, os estudantes com deficiência e os professores da rede pública de ensino do quadro permanente que concorrerem a cursos de licenciatura, nesse caso não é necessário comprovar renda.
Para concorrer às bolsas integrais, o candidato deve comprovar renda bruta familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. Para as bolsas parciais (50%), a renda bruta familiar deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

Prouni e Enem

Para participar do Prouni, além de ter feito o Enem e obtido a nota mínima de 450 pontos estabelecida pelo MEC, é preciso que o estudante tenha renda bruta familiar, por pessoa, de até três salários mínimos e satisfaça uma das condições abaixo:
  • ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública;
  • ter cursado o ensino médio completo em escola da rede privada, na condição de bolsista integral da própria escola;
  • ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em escola da rede privada, na condição de bolsista integral da própria escola privada;
  • ser pessoa com deficiência;
  • ser professor da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica e integrando o quadro de pessoal permanente da instituição pública e concorrer a bolsas exclusivamente nos cursos com grau de licenciatura. Nesses casos não há requisitos de renda.

Sisu

O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC), no qual instituições públicas de ensino superior, especialmente as universidades federais, oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).
O processo seletivo do Sisu possui uma única etapa de inscrição. O candidato faz suas opções de inscrição dentre as vagas ofertadas pelas instituições participantes do sistema, definindo se deseja concorrer às vagas de ampla concorrência ou às vagas destinadas a políticas afirmativas. Durante o período de inscrição, o candidato pode alterar suas opções. Será considerada válida a última inscrição confirmada.
Ao final da etapa de inscrição, o sistema seleciona automaticamente os candidatos mais bem classificados em cada curso, de acordo com suas notas no Enem e eventuais ponderações. Serão considerados selecionados somente os candidatos classificados dentro do número de vagas ofertadas pelo Sisu em cada curso, por modalidade de concorrência. A cada chamada, os candidatos selecionados têm um prazo para efetuar a matrícula na instituição, confirmando dessa forma a ocupação da vaga.
Após as chamadas regulares do processo seletivo, o Sisu disponibilizará às instituições participantes uma Lista de Espera a ser utilizada prioritariamente para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas. Para participar da Lista de Espera do Sisu, o candidato deve manifestar o interesse no prazo especificado no cronograma.

O Enem e as universidades

Na atualidade, muitas universidades utilizam o Enem como uma forma de acesso aos cursos. De uma forma geral, existem quatro formas disso acontecer:
  • Como critério único de seleção, substituindo o vestibular;
  • Como primeira fase de um processo seletivo;
  • Com o acréscimo à pontuação do candidato no vestibular, dependendo do seu desempenho no Enem;
  • Como critério de preenchimento de vagas remanescentes.

O Enem reformulado

Até 2008, o Enem era composto por uma proposta de redação e 63 questões objetivas.
A partir de 2009, além do conteúdo do exame ter evoluído muito, o Enem passou a ser composto por 180 questões objetivas e uma proposta de redação.
Atualmente, os alunos realizam quatro provas com 45 itens de múltipla escolha, além da redação. Cada prova abordará uma área diferente do conhecimento:
  • Linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo a proposta de redação);
  • Matemática e suas tecnologias;
  • Ciências da natureza e suas tecnologias;
  • Ciências humanas e suas tecnologias.

O Enem normalmente ocorre da seguinte maneira:
  • No primeiro dia, um sábado, com duração de quatro horas e 30 minutos, são aplicadas as provas de ciências da natureza e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias.
  • No segundo dia, um domingo, com duração de 5 horas e 30 minutos, são aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias (incluindo a redação) e matemática e suas tecnologias.


Roteiro de preparação para o Enem:

  1. Leia e analise textos, predominantemente, descritivos, como manuais de instrução de jogos ou de parelhos eletrodomésticos, e tente executar uma tarefa proposta, seguindo as orientações do texto. Em um texto informativo, selecione e destaque as informações principais e as secundárias.
  2. Leia gráficos (de barras, de setor ou linhas), que aparecem diariamente em jornais reorganize-as em itens, reescreva-as em um texto discursivo, relacionando informações verbais com informações procedentes de outras fontes de referência (ilustrações, fotos, gráficos, tabelas, infográficos etc.). Nos gráficos, identifique variáveis, descubra o comportamento da variável em dado trecho e os trechos em que ela é constante, crescente ou decrescente; analise a taxa de variação. Leia o texto que acompanha os gráficos e diagramas, verificando se as suas interpretações correspondem aos comentários do texto.
  3. Leia questões de provas anteriores do Enem e assinale as palavras-chave. Destaque o problema indicado; interprete e relacione as informações disponíveis nas questões. Estude as possibilidades de resolução por meio das linguagens e métodos das áreas curriculares, integre-as ao seu conhecimento e estabeleça um processo de resolução.
  4. Leia textos literários de diversas naturezas, atentando para a biografia do autor e o contexto sócio-histórico das produções, identificando as principais características dos movimentos literários dos quais fazem parte. Procure distinguir os diversos tipos de linguagem, se possível, relacionando-os a determinada produção cultural da língua portuguesa. Escreva textos baseados na linguagem coloquial, até com o registro de gírias e vícios da linguagem oral. Reescreva-os, transformando-os em textos formais.
  5. Em sites de busca na internet, procure palavras e expressões, como fontes alternativas de energia, transformações de energia, hidreletricidade, energia nuclear etc. Analise e interprete diferentes tipos de textos e comunicações referentes ao conhecimento científicos e tecnológico da área.
  6. Interprete informações de caráter biológico, químico e físico em notícias e artigos de jornais, revistas e televisão, a respeito de resíduos sólidos e reciclagem, aquecimento global e efeito estufa, chuva ácida, camada de ozônio, concentração de poluentes, defensivos agrícolas, aditivos em alimentos, cloro e flúor na água. Assista a documentários que abordem a temática da água e leia documentos e livros sobre a seca, poluição das águas, tratamento de esgotos, degelo das geleiras, recursos naturais não renováveis etc.
  7. Em revistas e jornais, procure diferentes enfoques de autores que discorram sobre perturbações ou impactos ambientais e as implicações socioeconômicas dos processos de uso dos recursos naturais, materiais ou energéticos e tente elaborar argumentos concordantes e discordantes referentes às diversas opiniões.
  8. Em sites da internet, procures escalas do tempo geológico, que se dividem em eras, períodos e épocas. Com base nessas informações, tente compreender a estrutura da Terra, a origem e a evolução da vida e as modificações no espaço geográfico. Procure uma tabela que traga o tempo histórico (da Pré-História à Idade Contemporânea) e compare as duas diferentes escalas para compreender os tempos do Universo, do planeta e da humanidade.
  9. Leia textos sobre a diversidade da vida; identifique padrões constitutivos dos seres vivos dos pontos de vista biológico, físico e químico.
  10. Pesquise e escreva sobre situações que contribuem para a melhoria da qualidade de vida em sua cidade, na defesa da qualidade de infraestruturas coletivas ou na defesa dos direitos do consumidor. Elabore um texto descrevendo as intervenções humanas no meio ambiente, fazendo relação de causa e efeito e propondo medidas que poderiam contribuir para minimizar problemas.
  11. Assista a documentários que abordem situações concretas, evidenciando a relação entre biologia e ética, na definição de melhores condições de vida. Sugerem-se temas como biodiversidade, biopirataria, transgênicos, bioengenharia, transplantes e doação presumida, conflitos entre necessidades humanas e interesses econômicos etc.
  12. Observe os objetos a sua volta quanto à forma e ao tamanho, perceba as formas geométricas planas ou espaciais no mundo real. Identifique-os e caracterize-os de acordo com suas propriedades. Estabeleça relações entre os elementos observados, faça comparações entre objetos com o mesmo formato, avaliando quantas vezes um é maior que o outro.
  13. Pesquise situações-problema ambientais ou de natureza social, econômica, política ou científica apresentadas em textos, notícias, propagandas, censos, pesquisas etc. Proponha soluções que envolvam o uso e a aplicação de conhecimentos e métodos probabilísticos e estatísticos, realizando previsão de tendência, interpolação e interpretação.
  14. Elabore uma tabela com os principais poluentes ambientais e como atuam; proponha formas de intervenção para reduzir e controlar os efeitos da poluição ambiental, buscando refletir sobre a possibilidade de redistribuição espacial das fontes poluidoras. Consulte jornais, revistas e sites que enfoquem assuntos sobre fontes energéticas e, por meio de comparações, avalie as que proporcionam menores impactos negativos ao ambiente e mais benefícios à sociedade.
  15. Como treino da capacidade de argumentação, escreva uma carta solicitando ressarcimento de eventuais gastos no conserto de eletrodoméstivos que se danificaram em consequência da interrupção do fornecimento de energia elétrica, argumentando com clareza apresentando justificativas consistentes.
  16. Assista a filmes que retratem o teor político, religioso e ético de manifestações da atualidade; compare as problemáticas atuais e de outros momentos com base nas interpretações de suas relações entre o passado e o presente.
  17. Analise textos e compare os diferentes contextos históricos que contribuíram para o desenvolvimento da tolerância e do respeito pelas identidades e pela diversidade cultural. Observe as diversas formas do preconceito e do racismo no cotidiano.
  18. Escolha determinado tema que apresente uma realidade sócio-histórica e leia dois ou três comentaristas com opiniões divergentes sobre a questão. Identifique os pressupostos de cada um, observe e elabore uma lista dos diferentes pontos de vista.
  19. Conheça a realidade social e econômica de certo país e elabore uma tabela, correlacionando os aspectos socioeconômicos com traços distintivos daquele fenômeno histórico-social.
  20. Escolha um acontecimento histórico e escreva sobre ele, destacando a relação entre tempo histórico, o espaço geográfico e os fatores sociais, políticos, econômicos e culturais constitutivos desse acontecimento. Posteriormente, leia sobre o assunto escolhido, identifique os aspectos que foram observados e reescreva o texto, completando-o com as informações obtidas pela leitura.
O que estudar para o Enem?

Linguagem, Códigos e suas Tecnologias:

  • Estudo do texto: as sequências discursivas e os gêneros textuais no sistema de comunicação e informação - modos de organização da composição textual; atividades de produção escrita e de leitura de textos gerados nas diferentes esferas sociais - públicas e privadas.
  • Estudo das práticas corporais: a linguagem corporal como integradora social e formadora de identidade - performance corporal e identidades juvenis; possibilidades de vivência crítica e emancipada do lazer; mitos e verdades sobre os corpos masculino e feminino na sociedade atual; exercício físico e saúde; o corpo e a expressão artística e cultural; o corpo no mundo dos símbolos e como produção da cultura; práticas corporais e autonomia; condicionamentos e esforços físicos; o esporte;. a dança; as lutas; os jogos; as brincadeiras.
  • Produção e recepção de textos artísticos: interpretação e representação do mundo para o fortalecimento dos processos de identidade e cidadania – Artes Visuais: estrutura morfológica, sintática, o contexto da obra artística, o contexto da comunidade. Teatro: estrutura morfológica, sintática, o contexto da obra artística, o contexto da comunidade, as fontes de criação. Música: estrutura morfológica, sintática, o contexto da obra artística, o contexto da comunidade, as fontes de criação. Dança: estrutura morfológica, sintática, o contexto da obra artística, o contexto da comunidade, as fontes de criação. Conteúdos estruturantes das linguagens artísticas (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), elaborados a partir de suas estruturas morfológicas e sintáticas; inclusão, diversidade e multiculturalidade: a valorização da pluralidade expressada nas produções estéticas e artísticas das minorias sociais e dos portadores de necessidades especiais educacionais.
  • Estudo do texto literário: relações entre produção literária e processo social,concepções artísticas, procedimentos de construção e recepção de textos - produção literária e processo social; processos de formação literária e de formação nacional; produção de textos literários, sua recepção e a constituição do patrimônio literário nacional; relações entre a dialética cosmopolitismo/localismo e a produção literária nacional; elementos de continuidade e ruptura entre os diversos momentos da literatura brasileira; associações entre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário em seus gêneros (épico/narrativo, lírico e dramático) e formas diversas.; articulações entre os recursos expressivos e estruturais do texto literário e o processo social relacionado ao momento de sua produção; representação literária: natureza, função, organização e estrutura do texto literário; relações entre literatura, outras artes e outros saberes.
  • Estudo dos aspectos linguísticos em diferentes textos: recursos expressivos da língua, procedimentos de construção e recepção de textos - organização da macroestrutura semântica e a articulação entre idéias e proposições (relações lógico-semânticas).
  • Estudo do texto argumentativo, seus gêneros e recursos linguísticos: argumentação: tipo, gêneros e usos em língua portuguesa - formas de apresentação de diferentes pontos de vista; organização e progressão textual; papéis sociais e comunicativos dos interlocutores, relação entre usos e propósitos comunicativos, função sociocomunicativa do gênero, aspectos da dimensão espaçotemporal em que se produz o texto.
  • Estudo dos aspectos linguísticos da língua portuguesa: usos da língua: norma culta e variação linguística - uso dos recursos linguísticos em relação ao contexto em que o texto é constituído: elementos de referência pessoal, temporal, espacial, registro linguístico, grau de formalidade, seleção lexical, tempos e modos verbais; uso dos recursos linguísticos em processo de coesão textual: elementos de articulação das sequências dos textos ou à construção da micro estrutura do texto.
  • Estudo dos gêneros digitais: tecnologia da comunicação e informação: impacto e função social - o texto literário típico da cultura de massa: o suporte textual em gêneros digitais; a caracterização dos interlocutores na comunicação tecnológica; os recursos linguísticos e os gêneros digitais; a função social das novas tecnologias.


A redação no Enem:

Os eixos cognitivos avaliados na redação são os mesmo que estruturam as provas objetivas das quatro áreas do conhecimento, porém traduzidos para uma situação específica de produção de texto.
  • Domínio de linguagens. Espera-se que o participante escolha o registro adequado a uma situação formal de produção de texto escrito. Na avaliação, serão considerados os fundamentos gramaticais, refletidos no emprego da norma culta em aspectos como: sintaxe de concordância, regência e colocação; pontuação; flexão; ortografia; adequação de registro demonstrada, no desempenho linguístico, de acordo com a situação formal de produção exigida.
  • Compreensão de fenômenos. A avaliação desse eixo cognitivo baseia-se na compreensão do tema, pela qual se analisam, interpretam-se e relacionam-se dados, informações e conceitos que sustentam uma argumentação, em defesa de um ponto de vista.
  • Solução de problemas. Em uma situação formal de interlocução, será avaliado o modo como o participante seleciona, organiza, relaciona e interpreta dados, informações e conceitos necessários para defender sua perspectiva sobre o tema proposto.
  • Construção de argumentação. Avalia-se o emprego de recursos da modalidade escrita que permitam a adequada articulação dos argumentos, fatos e opiniões selecionados para a defesa de um ponto de vista sobre o tema proposto. Serão considerados os mecanismos linguísticos responsáveis pela construção da argumentação na superfície textual, tais como: coesão referencial; coesão lexical (sinônimos, hiperônimos, repetição, reiteração); coesão gramatical (uso de conectivos, tempos verbais, pontuação, sequência temporal, relações anafóricas, conectores entre vocábulos, sentenças e parágrafos).
  • Propostas de intervenção. Verifica-se como o participante indica possíveis variáveis para solucionar a problemática desenvolvida, as propostas de intervenção e a relação delas com o proposto e a qualidade dessas propostas, mais genéricas ou específicas, tendo por base a solidariedade humana e o respeito à diversidade de pontos de vista.

A nota global da redação será equivalente à média aritmética das notas atribuídas a cada uma das cinco competências específicas da redação.

Confira aqui mais informações sobre a redação no Enem.
Confira aqui mais dicas de como escrever uma boa redação.
Confira aqui várias redações que alcançaram a nota máxima no Enem e vestibulares.

Competências e Habilidades

Linguagens, Códigos e suas tecnologias:

Competência de área 1 – Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.
H1 - Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação.
H2 - Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais.
H3 - Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas.
H4 - Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação.

Competência de área 2 – Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais.
H5 – Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema.
H6 - Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas.
H7 - Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social.
H8 - Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística.

Competência de área 3 – Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade.
H9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social.
H10 - Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas.
H11 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos.

Competência de área 4 – Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade.
H12 - Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais.
H13 - Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos.
H14 - Reconhecer o valor da diversidade artística e das interrelações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos.

Competência de área 5 – Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
H15 - Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
H16 - Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
H17 - Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.

Competência de área 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.
H18 - Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.
H19 - Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.
H20 - Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional.

Competência de área 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.
H21 - Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e nãoverbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos.
H22 - Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.
H23 - Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados.
H24 - Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras.

Competência de área 8 – Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.
H25 - Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
H26 - Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social.
H27 – Reconhecer os usos da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.

Competência de área 9 – Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.
H28 – Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.
H29 – Identificar pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação.
H30 – Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem.

A redação no Enem:

A matriz de redação do Enem considera cinco competências cognitivas, que servem de referência para a correção do texto elaborado pelos participantes do Exame. O texto referido é do tipo dissertativo-argumentativo e deve ter de sete até o máximo de trinta linhas.
Essa matriz apresenta as seguintes competências:

I- Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita.
II- Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
III- Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
IV- Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
V- Elaborar proposta de solução para o problema abordado, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

A matriz tem um aspecto inovador no que se refere ao texto dissertativo-argumentativo: além de solicitar um ponto de vista da parte do autor, prerrogativa desse tipo textual, também requer a elaboração de uma proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos (competência V).
A partir do tema apresentado para a redação o participante do Exame deve demonstrar a sua capacidade de refletir sobre questões sociais, culturais e políticas atuais e de propor intervenções, de acordo com argumentos que devem ser evidenciados ao longo do desenvolvimento do texto. O participante precisa saber ler em sentido amplo, pois é a partir da articulação das informações contextualizadas na proposta de redação que ele deverá construir um texto revelador de um autor crítico e propositivo.

Forma de avaliação da redação no Enem:

A redação é corrigida e avaliada por dois corretores, profissionais da área de Letras. Para o cálculo da nota, soma-se a pontuação atribuída pelo corretor em cada competência, e divide-se o total por 5. O mesmo é feito com referência ao segundo corretor. Cada corretor desconhece a nota atribuída pelo outro corretor, sendo a nota final a média aritmética das duas notas obtidas. No caso de discrepância igual ou maior do que 300 pontos, haverá outra correção por um professor supervisor. Essa terceira nota é a que prevalecerá. A terceira correção configura-se como um recurso de ofício.

A nota zero na redação poderá ser atribuída ao participante nas seguintes situações:
  • Apresenta texto em branco - B (em branco)
  • Apresenta texto com até 7 linhas (não incluindo título) - I (insuficiente)
  • Apresenta texto em que haja a intenção clara do autor em anular a redação ou texto que desconsidera a competência V (fere explicitamente os direitos humanos) - N (nulo)
  • Apresenta texto que não desenvolve a proposta de redação, considerando-se a competência II (desenvolve outro tema e/ou elabora outra estrutura textual - F (fuga ao tema/ não atendimento ao tipo textual).

Por fim, vale lembrar:
  • Apenas as redações adequadamente transcritas na Folha de Redação são corrigidas.
  • A redação deve ser transcrita para a Folha de Redação com caneta esferográfica de tinta preta.
  • Para ser corrigida, a redação deve ter o mínimo de 8 linhas.
  • O rascunho e as marcações assinaladas nos Cadernos de Questões não são considerados para fins de correção da redação.
  • Na redação corrigida, não há necessidade de título. Caso o participante inclua título, este não será computado como linha efetivamente escrita para o mínimo de 7 linhas.
  • As rasuras devem ser evitadas. Caso ocorram, basta passar um traço no trecho inadequado e dar continuidade ao texto.
  • A proposta de redação apresenta textos motivadores que não devem ser copiados no texto produzido.


Fontes:
http://www.infoenem.com.br/
http://siteprouni.mec.gov.br/
http://www.inep.gov.br/
http://sisu.mec.gov.br/
Apostila + Enem 2011/2012, do Ético Sistema de Ensino




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